
Um adolescente de 13 anos, residente na Nova Zelândia, precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência após ingerir entre 80 e 100 ímãs de neodímio, altamente potentes. O caso foi detalhado em um artigo publicado na última sexta-feira (24/10) no New Zealand Medical Journal. O jovem relatou dores abdominais intensas por quatro dias antes de buscar ajuda médica e contou aos profissionais que havia engolido os ímãs cerca de uma semana antes.
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Exames revelaram que os ímãs se uniram dentro do abdômen, formando quatro cadeias magnéticas que ligaram diferentes partes do intestino. A pressão provocada por essa atração causou necrose nos tecidos intestinais, exigindo uma intervenção cirúrgica imediata para evitar complicações mais graves.
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Durante a cirurgia, os médicos conseguiram retirar os ímãs, mas foi necessário remover partes do intestino delgado e grosso. O garoto permaneceu internado por oito dias até receber alta hospitalar. Os ímãs ingeridos, feitos de neodímio, são considerados até 50 vezes mais fortes que os comuns e podem causar sérios danos se engolidos, como perfurações e infecções.
Apesar de proibida desde 2013 na Nova Zelândia e na Austrália, a venda desses ímãs ainda ocorre com facilidade em plataformas online. O adolescente afirmou ter adquirido os produtos pela loja virtual Temu. A empresa declarou que não conseguiu confirmar a compra, mas garantiu que revisou itens similares após o incidente e que os produtos disponíveis seguem as normas locais.
Autoridades locais suspeitam que o caso possa estar relacionado a uma tendência em redes sociais, na qual crianças simulam piercings com pequenos ímãs na língua ou no rosto, o que pode levar à ingestão acidental. Casos semelhantes já ocorreram anteriormente, tanto na Nova Zelândia quanto em outros países. Nos Estados Unidos, a Comissão de Segurança de Produtos de Consumo impôs restrições à força magnética permitida em brinquedos e utensílios, além de realizar diversos recalls de itens considerados perigosos.


