Caças dos Estados Unidos e do Canadá foram acionados para interceptar quatro aviões militares russos que se aproximaram da costa do Alasca, segundo informações do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) desta quinta-feira (25). As aeronaves russas identificadas foram dois bombardeiros Tu-95 e dois caças Su-35.
O episódio ocorre em meio a um aumento nas tensões entre a Rússia e os países da OTAN, com diplomatas europeus alertando que novas violações do espaço aéreo podem levar à derrubada de aeronaves russas. A movimentação preocupa líderes ocidentais, especialmente após drones terem sido abatidos sobre Varsóvia, na Polônia, semanas atrás. O incidente forçou o país a acionar o Artigo 4 da OTAN, que prevê consultas entre os membros diante de ameaças à segurança, ficando um nível abaixo da declaração formal de guerra.
Segundo o jornal alemão Die Welt, os drones visavam um local polonês responsável pelo fornecimento de suprimentos militares à Ucrânia — o que reforça os temores de que a Rússia esteja ampliando suas operações militares contra alvos estratégicos aliados.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente, mas fontes do Pentágono indicam que a vigilância no espaço aéreo do Ártico será intensificada. O NORAD reforçou que a interceptação foi realizada de forma segura e profissional, e que as aeronaves russas não chegaram a violar o espaço aéreo soberano dos EUA ou do Canadá.
A escalada de tensões reforça o papel estratégico do Ártico e da região do Alasca como áreas sensíveis para a segurança nacional americana e da aliança atlântica. A OTAN, por sua vez, tem reiterado seu compromisso com a integridade territorial de seus membros e com a resposta coordenada a quaisquer ameaças externas.


