Juliana Fernandes, pedagoga de Tupã (SP), encontrou nas redes sociais uma forma de se distrair durante a quarentena e acabou transformando sua vida. Em poucos meses, conquistou quase 1,3 milhão de seguidores no TikTok com vídeos que misturam humor, dublagens e mensagens de incentivo à autoestima.
Diagnosticada ainda na infância com a síndrome de Melnick Needles, condição rara que, segundo ela, afeta apenas cerca de 70 pessoas no mundo, Juliana cresceu enfrentando olhares e comentários sobre sua aparência. A doença provoca alterações ósseas e pode causar problemas nos rins e pneumonia. Após anos de acompanhamento médico, descobriu que seu caso não era grave.
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“No meu caso, o meu problema foi apenas na ‘lataria’, como eu sempre falo. É só por fora, só fisionomia, por dentro é tudo perfeito”, disse em entrevista ao G1. A pedagoga contou que já passou por uma cirurgia no nariz e chegou a receber recomendação para operar o braço, mas optou por não fazer o procedimento. “Eu optei em não fazer, pois faço tudo com esse braço, escrevo com ele normalmente. O que ia adiantar um braço ‘perfeito’, no lugar, mas sem movimento?”, disse.
Em 2020, ela começou a gravar vídeos para o TikTok e foi surpreendida pela repercussão. “Acredito que meus vídeos podem atingir a vida de outras pessoas de maneira positiva, pois é o resultado que ando recebendo. Pessoas que não se amavam, hoje passaram a ver a vida diferente e se amar, outras falam que sirvo de inspiração para elas, mas na verdade são os comentários dessas pessoas que me inspiram a continuar”, afirmou.
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Apesar do apoio que recebe, Juliana também lida com ataques e mensagens negativas. “Muitas dessas pessoas só se sentem bem quando atingem uma pessoa e a deixam mal, mas quando eu respondo, faço com que elas parem e reflitam sobre sua postura, já recebi vários pedidos de desculpas, fico muito feliz quando isso acontece”, relatou.
Segundo a jovem, os seguidores chegaram a “cobrá-la” quando ela ficou um tempo sem postar conteúdos. Para ela, os vídeos também funcionam como forma de cuidado pessoal: “Sempre digo que devemos nos amar para depois amar outra pessoa. Se nós mesmo não gostamos de nós, quem vai gostar? Se não nos acharmos lindos, quem vai achar? Deus fez a gente do jeitinho que ele queria, Deus não erra. Então se ame, se aceite do seu jeito”.
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