
Pesquisadores da Nova Zelândia anunciaram a descoberta dos ossos fossilizados de uma espécie extinta de pato-gigante, que viveu há aproximadamente 800 anos. A espécie, chamada Tokaoka toka, foi identificada a partir de restos encontrados em sítios arqueológicos na Ilha Sul do país. Segundo os cientistas, o animal media cerca de um metro de comprimento e pesava mais de sete quilos, sendo significativamente maior que os patos modernos.
A descoberta foi feita por uma equipe da Universidade de Otago, que analisou fragmentos ósseos preservados em depósitos de turfa e em antigos locais de habitação maori. Os pesquisadores acreditam que o Tokaoka toka foi caçado até a extinção pelos primeiros povos polinésios que colonizaram a Nova Zelândia, no século XIII. A caça, aliada à destruição de habitats naturais, teria contribuído para o desaparecimento da espécie em poucas gerações.
De acordo com o paleontólogo Alan Cooper, que liderou o estudo, essa é mais uma evidência do impacto humano sobre a fauna da Oceania após a chegada dos primeiros colonizadores. O pato-gigante era incapaz de voar, o que o tornava presa fácil. Cooper ressalta que a descoberta ajuda a preencher lacunas importantes sobre a biodiversidade perdida da região e pode oferecer pistas sobre os efeitos das mudanças ambientais atuais.
O estudo foi publicado na revista científica Journal of Avian Biology e destaca a importância de preservar os registros fósseis como ferramenta para compreender a história ecológica e evolutiva de áreas insulares. Os cientistas também sugerem que outras espécies extintas ainda podem ser identificadas com base em materiais arqueológicos já coletados, mas ainda não analisados em detalhe.


