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Crânios do Huei Tzompantli de Tenochtitlan revelam segredos dos rituais astecas

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Fragmentos de crânios humanos na estrutura do Huei Tzompantli, no Centro Histórico da Cidade do México. (Foto: Instagram)

Dez anos após sua descoberta no Centro Histórico da Cidade do México, o Huei Tzompantli de Tenochtitlan — uma torre ritual construída com crânios humanos — continua a revelar detalhes sobre os costumes e a sociedade asteca. Encontrada em 2015 pelo Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH), a estrutura é considerada uma das descobertas arqueológicas mais impactantes da capital mexicana.

Atualmente, o foco dos pesquisadores está na análise laboratorial de 214 crânios, que passaram por processos de limpeza e restauração no Museu Templo Mayor. Duas frentes de pesquisa estão em andamento: a primeira analisa isótopos de carbono, oxigênio e estrôncio presentes nos dentes, permitindo identificar a origem geográfica dos indivíduos com base na dieta da infância. Oito amostras foram enviadas à Universidade da Geórgia, nos EUA.

A segunda linha de estudo envolve a extração e análise de DNA antigo, realizada em parceria com o Instituto Max Planck, na Alemanha. O objetivo é reconstruir os perfis genéticos dos indivíduos. A colaboração é liderada pelo bioquímico mexicano Rodrigo Barquera, em conjunto com o antropólogo físico Víctor Acuña.

A estrutura do tzompantli, construída com crânios integrados diretamente à sua arquitetura, representa um desafio técnico e simbólico. Diferente de ossuários europeus, como as Catacumbas de Paris, os crânios astecas faziam parte da edificação. Para estudá-los, os arqueólogos removeram cerca de 11 mil fragmentos ósseos, relacionados a cinco fases construtivas.

As análises revelaram que 46,3% dos crânios pertencem a homens, 37,4% a mulheres e o restante a crianças ou fragmentos incompletos. A ausência de perfurações nos crânios infantis indica que foram tratados de forma distinta, enquanto questões técnicas sobre a preservação das mandíbulas adultas ainda intrigam os especialistas.

A conservação da estrutura in situ é prioridade, com monitoramento contínuo para evitar sua deterioração. O Huei Tzompantli permanece como uma poderosa janela para os rituais religiosos e práticas sociais do império asteca.

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