Uma forte confusão tomou conta do plenário da Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira (6/8), envolvendo parlamentares da base governista e da oposição. O episódio mais marcante foi a queda do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que acusa a deputada Camila Jara (PT-MS) de tê-lo empurrado. A parlamentar, por sua vez, afirma que apenas reagiu após levar uma cotovelada do colega.
O tumulto ocorreu durante um protesto de deputados bolsonaristas que ocuparam a Mesa Diretora da Câmara em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ocupação tinha como objetivo obstruir a votação de pautas importantes, como a do imposto de renda.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentou retomar o controle da sessão e, ao se levantar, empurrou uma cadeira, momento em que Nikolas caiu. Um vídeo mostra o instante da queda, alimentando versões conflitantes sobre o que de fato aconteceu.
Nas redes sociais, Nikolas criticou Camila Jara, insinuando agressão intencional. A deputada Bia Kicis (PL-DF) também saiu em defesa do colega, acusando a esquerda de recorrer à violência. Já Camila Jara explicou que houve um empurra-empurra generalizado e que reagiu a uma agressão de Nikolas. Segundo ela, havia um segurança presente que testemunhou o ocorrido.
A confusão expõe o clima de tensão na Câmara, marcado por embates físicos e verbais entre parlamentares. Camila lamentou que o episódio tenha impedido a votação de propostas relevantes e classificou o dia como “lastimável para a democracia”.
