Após a trágica morte da brasileira Juliana Marins durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, o governador da província de Nusa Tenggara Ocidental, Lalu Muhamad Iqbal, divulgou uma carta aberta emocionante dirigida ao povo brasileiro. No comunicado, publicado no domingo (29/6), ele reconheceu publicamente as limitações enfrentadas pelas equipes de resgate locais e prometeu mudanças significativas nos protocolos de segurança da região.
Juliana sofreu uma queda enquanto explorava o famoso vulcão e teve seu corpo resgatado apenas quatro dias depois. O governador afirmou ter acompanhado o caso desde o início e elogiou a atuação dos socorristas, que, segundo ele, arriscaram a própria vida para tentar salvá-la. No entanto, também admitiu que a operação foi dificultada por problemas técnicos, como a entrada de areia nos motores dos helicópteros, tornando o resgate aéreo extremamente perigoso.
Além disso, Lalu destacou a escassez de profissionais certificados e a falta de equipamentos adequados para esse tipo de missão nas trilhas montanhosas da região. Diante dessa realidade, ele se comprometeu a revisar os protocolos de resgate e a buscar alternativas para melhorar a infraestrutura do Monte Rinjani, que, segundo ele, deixou de ser apenas um destino de trilha para se tornar uma atração turística internacional.
O pronunciamento ocorre em meio a críticas e questionamentos da família da vítima, que já acionou a Justiça para solicitar uma nova autópsia, após laudos considerados controversos. A morte de Juliana levanta um alerta sobre os riscos enfrentados por turistas em locais de difícil acesso e com infraestrutura precária, mesmo em pontos turísticos populares.
A carta do governador termina com a promessa de uma “revisão abrangente” na região, indicando que o caso pode se tornar um marco para mudanças estruturais no turismo de aventura no país.


