Em meio a uma escalada sem precedentes entre Israel e Irã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (18/6) que ainda não decidiu se irá ordenar um ataque contra o regime iraniano. Em declaração dada no gramado da Casa Branca, Trump indicou que o Irã “quer negociar” e enfrenta “muitos problemas”, mas se recusou a dar detalhes sobre possíveis ações militares norte-americanas.
A tensão internacional aumentou após Israel lançar uma ofensiva chamada “Leão Ascendente”, descrita como um “ataque preventivo” contra o programa nuclear iraniano. O objetivo declarado de Tel Aviv é impedir que Teerã desenvolva uma arma nuclear. Em resposta, o Irã lançou uma série de drones e mísseis contra Israel, intensificando o conflito.
O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, reagiu com firmeza às ameaças de Washington, prometendo que a “nação iraniana não se renderá” e alertando que qualquer intervenção militar dos EUA trará “consequências irreparáveis”. Trump, por sua vez, respondeu de forma irônica: “Boa sorte”.
Enquanto isso, o governo israelense pressiona por uma participação mais ativa dos Estados Unidos nos ataques, exigindo o apoio de tropas americanas. A guerra já dura seis dias, com bombardeios incessantes. Na madrugada desta quarta, Israel atacou uma instalação de centrífugas nucleares em Teerã com mais de 50 aviões. O Irã respondeu com o lançamento de cerca de 10 mísseis balísticos, a maioria interceptados.
O clima é de incerteza e tensão global. Trump mantém o suspense sobre uma possível ação militar, enquanto o Irã promete resistir a qualquer “paz imposta”. Com ameaças de todos os lados e ataques em curso, o mundo observa apreensivo os desdobramentos desse confronto que pode redefinir o equilíbrio geopolítico do Oriente Médio — ou mergulhar a região em uma guerra total.


