
Durante a primeira sessão de julgamento realizada nesta terça-feira (28) no Japão, Tetsuya Yamagami, de 45 anos, admitiu ser o responsável pela morte do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe. O crime ocorreu em julho de 2022, quando Abe fazia um discurso de campanha na cidade de Nara.
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O acusado foi detido imediatamente após o ataque e usava uma arma de fabricação artesanal. Segundo a emissora NHK, Yamagami declarou em tribunal: “É verdade que fui eu”. Ele responde por homicídio e por violar a Lei de Controle de Armas de Fogo e Espadas do Japão.
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Durante a audiência, ele se mostrou tranquilo, trajando moletom preto e calça cinza, com os cabelos presos. Sua defesa argumentou que o armamento utilizado não se enquadra na definição legal de arma de fogo, buscando assim uma possível redução de pena.
O julgamento teve início no mesmo dia em que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, visitava o Japão e se reunia com a primeira-ministra Sanae Takaichi. Trump relembrou sua amizade com Abe, destacando o laço pessoal que mantinham desde 2016, quando o então premiê japonês foi o primeiro líder estrangeiro a encontrá-lo após sua eleição. Os dois chegaram a compartilhar momentos informais, como partidas de golfe no Japão e nos EUA.
A motivação do crime, segundo o próprio Yamagami, foi pessoal. Ele afirmou ter se revoltado com o apoio de Abe à Igreja da Unificação, instituição religiosa sul-coreana à qual sua mãe doou cerca de 100 milhões de ienes (cerca de R$ 3,5 milhões), levando a família à ruína financeira.
O tribunal japonês agendou 17 sessões adicionais até o fim de 2025. O veredito definitivo está previsto para ser anunciado em 21 de janeiro de 2026, segundo informações divulgadas pela CNN Brasil.


