
Marshall Billingslea, que já atuou como secretário assistente para o Financiamento do Terrorismo no Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, afirmou que o governo venezuelano usou recursos ilegais para apoiar campanhas políticas de esquerda em diversos países da América Latina, incluindo o Brasil. A declaração foi feita nesta segunda-feira (21/10) durante uma audiência no Comitê do Senado norte-americano sobre Controle Internacional de Narcóticos.
++ Revolução digital: nova IA permite gerar renda automática sem esforço
Billingslea, que ocupou cargos de destaque na área de segurança e finanças internacionais durante o governo do presidente Donald Trump, declarou que o regime de Nicolás Maduro transformou a Venezuela em um ponto central para articulação política na região. Segundo ele, o país seria responsável por disseminar o socialismo no continente, financiando campanhas como a do presidente colombiano Gustavo Petro, além de repassar recursos ao México e ao Brasil.
++ Luana Piovani ironiza romance entre Virginia Fonseca e Vini Jr.: “Mais do mesmo”
Durante seu depoimento, o ex-funcionário acusou o regime de Maduro de transformar a Venezuela em um abrigo seguro para o grupo Hezbollah, oferecendo documentos falsos, rotas de tráfico de drogas e acesso ao Hemisfério Ocidental. Billingslea alertou ainda que, diante da crise no Líbano e da instabilidade no financiamento iraniano, o Hezbollah deve intensificar sua atuação na América Latina, especialmente por meio do narcotráfico.
As declarações ocorrem em meio a novas denúncias sobre o suposto uso de recursos da estatal petrolífera venezuelana PDVSA para financiar campanhas políticas em outros países. De acordo com reportagem recente do site UHN Plus, Hugo “El Pollo” Carvajal, ex-chefe de inteligência da Venezuela, revelou ao Departamento de Justiça dos EUA que esses repasses ocorreram durante os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro.
Carvajal, extraditado para os Estados Unidos em 2023, teria detalhado como os recursos foram transferidos ilegalmente com a ajuda de intermediários e empresas estatais. Entre os líderes que teriam recebido os fundos estão Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Néstor Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), Ollanta Humala (Peru), Manuel Zelaya (Honduras) e Gustavo Petro (Colômbia).


