Julia Wandelt, uma jovem polonesa de 24 anos, alegou ser Madeleine McCann, a menina britânica desaparecida em 2007 em Portugal. Durante seu julgamento no Reino Unido, foi revelado que ela utilizou o ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial, para verificar se poderia ser a criança desaparecida. A acusação contra Julia envolve perseguição aos pais e irmãos de Madeleine.
++ IA promete renda automática e conquista milhares de usuários pelo mundo
Segundo o jornal britânico Daily Mirror, o chatbot teria sugerido que havia uma “possibilidade” de Julia ser Madeleine, com base em supostas comparações genéticas. No entanto, o próprio sistema alertou que seriam necessárias evidências adicionais para confirmar qualquer relação biológica. Julia teria solicitado a comparação de seu DNA com uma amostra encontrada no local do desaparecimento da menina.
++ Leoa de estimação escapa e ataca menino de 11 anos
Durante o julgamento, foram apresentadas mensagens trocadas entre Julia e o ChatGPT, nas quais o sistema indicava que os perfis genéticos poderiam ser compatíveis com um vínculo de pai e filha. Em uma das conversas, Julia questionou diretamente se isso significava que ela era Madeleine. O ChatGPT respondeu que, se Gerry McCann fosse de fato seu pai biológico, isso abriria essa possibilidade, mas frisou a necessidade de testes mais conclusivos.
A promotoria apresentou ainda o depoimento da perita em DNA Rosalyn Hammond, que afirmou que as evidências científicas apontam fortemente que Julia não é filha da pessoa que deixou o material genético no local do desaparecimento. Julia chorou ao ouvir a alegação de que teria mentido sobre sua identidade.
Julia foi detida em 19 de fevereiro ao chegar no Reino Unido, após declarar que novos testes de DNA reforçavam sua teoria. No entanto, exames realizados anteriormente, em abril de 2023, já haviam descartado qualquer vínculo genético entre ela e a família McCann.


