Lindsay Sandiford, cidadã britânica de 67 anos, está prestes a ser libertada após passar mais de uma década no corredor da morte na Indonésia. A decisão de repatriá-la ao Reino Unido foi tomada após um entendimento formal entre os governos dos dois países, conforme divulgado por autoridades locais.
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De acordo com informações do jornal Independent e da agência France Presse, a assinatura do acordo que viabiliza a transferência de Sandiford está prevista para acontecer ainda hoje. Além dela, Shahab Shahabadi, também britânico, de 35 anos, será libertado. Ele estava preso desde 2014 por envolvimento com drogas.
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Lindsay foi condenada à morte em 2013, após ser flagrada com cocaína avaliada em cerca de R$ 11,5 milhões em sua bagagem ao desembarcar em Bali, vinda da Tailândia. O caso ganhou atenção da mídia britânica, especialmente após ela declarar a uma colega de cela que desejava morrer logo. No presídio, ficou conhecida entre outras detentas como “Rainha”.
As leis antidrogas da Indonésia são extremamente rígidas, prevendo a pena de morte por fuzilamento para casos de tráfico em grande escala. Antes de sua prisão, Lindsay vivia na Inglaterra e trabalhava como assistente em um escritório de advocacia. Após enfrentar problemas financeiros e um divórcio, ela se mudou para a Índia e, posteriormente, foi detida em Bali.
Durante o processo, Sandiford alegou ter sido forçada a transportar a droga por traficantes que ameaçaram sua família. No entanto, posteriormente, ela mudou sua versão, declarando que havia sido instruída por Julian Ponder, um antiquário britânico, e sua companheira Rachel Dougall. Ela colaborou com as autoridades para prendê-los.
Apesar da recomendação da promotoria por uma pena de 15 anos, o tribunal optou pela pena máxima. A defesa tentou argumentar que Lindsay sofria de problemas mentais, mas os juízes não aceitaram a alegação. Ponder foi absolvido da acusação de tráfico, mas condenado por posse de drogas e cumpriu seis anos. Rachel, por sua vez, recebeu apenas um ano de detenção por omissão.


