A Ucrânia realizou um ataque inédito com drones suicidas contra a cidade de Tyumen, na Sibéria, localizada a cerca de 1.930 quilômetros de sua fronteira. O ataque, que coincidiu com o aniversário de 73 anos do presidente russo Vladimir Putin, é considerado o mais profundo já registrado dentro do território russo desde o início da guerra.
Três drones de longo alcance foram lançados contra uma refinaria na cidade russa, resultando em destroços espalhados pelas ruas e danos visíveis a uma instalação industrial. Apesar das imagens divulgadas, autoridades russas alegam que os drones foram abatidos e que não houve incêndios, explosões ou vítimas.
Especialistas apontam que essa operação pode superar o ataque anterior mais distante, realizado em agosto de 2025, a 1.786 quilômetros da fronteira. No entanto, há controvérsias, já que a base aérea de Belaya, atingida em junho de 2025, fica a 4.345 quilômetros da fronteira ucraniana, o que levanta dúvidas sobre qual operação detém o verdadeiro recorde.
O ataque faz parte da chamada “Operação Teia de Aranha”, uma série de ofensivas de longo alcance da Ucrânia com o objetivo de atingir alvos estratégicos em território russo e enfraquecer a posição de Putin.
Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que está considerando enviar mísseis Tomahawk para a Ucrânia, após pedido do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Os mísseis, com alcance de até 2.500 quilômetros, seriam capazes de atingir Moscou, o que aumentaria significativamente o poder de fogo ucraniano.
Trump afirmou que ainda está avaliando a decisão, mas sugeriu que deseja entender melhor como as armas seriam utilizadas. “Eu faria algumas perguntas. Não quero escalar essa guerra”, declarou. A possibilidade do envio dos Tomahawks preocupa Moscou, que alertou para o risco de rompimento nas relações com Washington.
Atualmente, a Ucrânia já utiliza mísseis Storm Shadow e Atacms fornecidos por Reino Unido e EUA, mas estes não possuem alcance suficiente para atingir a capital russa. Segundo especialistas militares britânicos, os Tomahawks seriam “extremamente eficazes” e podem alterar o equilíbrio do conflito.


