Imagens de satélite revelaram que a China tem expandido a construção de réplicas de prédios do governo de Taiwan em uma base militar na Mongólia Interior. As estruturas simulam edifícios importantes como o Escritório Presidencial, o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Defesa e o Yuan Judicial de Taiwan, e são utilizadas pelo Exército de Libertação Popular (ELP) para treinamentos militares que simulam a captura rápida de alvos estratégicos em caso de conflito.
Especialistas afirmam que esses exercícios fazem parte de um esforço da China para realizar treinamentos de combate mais realistas, com foco em guerra urbana. As instalações, localizadas na base de treinamento de Zhurihe, incluem túneis subterrâneos de até 280 metros de comprimento conectando os prédios falsos. Desde 2020, a área total dessas réplicas triplicou em tamanho, indicando uma intensificação dos preparativos militares.
Além disso, a China tem realizado simulações de ataques contra forças estrangeiras, como demonstrado em um exercício recente contra o navio britânico HMS Richmond, que navegava pelo Estreito de Taiwan ao lado do destróier americano USS Higgins. Durante a simulação, caças chineses executaram “ataques simulados” com mísseis, o que foi interpretado como uma tentativa de intimidação.
O presidente Xi Jinping tem reforçado a retórica de que a reunificação com Taiwan é uma “inevitabilidade histórica”, e a China tem aumentado sua presença militar na região, com exercícios quase diários envolvendo navios de guerra e caças. Em seu discurso de Ano Novo, Xi afirmou que os povos dos dois lados do Estreito de Taiwan são “uma só família”.
Taiwan, por sua vez, continua a reforçar suas defesas, incluindo a incorporação de novos navios de patrulha e a preparação para possíveis incursões. A ilha, que se considera uma nação independente desde 1949, é vista por Pequim como território chinês a ser reunificado, mesmo que isso exija o uso da força.
A crescente tensão entre China e Taiwan preocupa a comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, que tem interesses estratégicos na região e pode ser diretamente envolvido em caso de conflito.
