O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs um ultimato de 48 horas ao grupo Hamas para aceitar seu plano de paz de 20 pontos, sob ameaça de uma ofensiva militar total. Em uma publicação incisiva na rede Truth Social, Trump estabeleceu o prazo até domingo, às 18h (horário de Washington), para que o grupo assine o acordo, alertando que, caso contrário, “todo o inferno, como nunca visto antes”, será desencadeado contra o Hamas.
O plano, elaborado em conjunto com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, prevê cessar-fogo imediato, libertação de reféns, desarmamento do Hamas e a criação de uma força internacional de estabilização. Israel já aceitou os termos. Caso aprovado, Gaza será governada temporariamente por um conselho liderado por Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, até que a Autoridade Palestina esteja apta a reassumir o controle.
Apesar de apoio declarado de líderes de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Turquia e Jordânia, o Paquistão se distanciou do plano, alegando alterações nos termos desde sua apresentação na ONU.
O comandante militar do Hamas em Gaza, Izz al-Din al-Haddad, declarou à BBC que o plano favorece Israel e ignora os interesses palestinos. O grupo rejeita o desarmamento e a presença de forças internacionais, classificando-as como “uma nova forma de ocupação”.
Trump afirmou que a maioria dos combatentes do Hamas está “militarmente encurralada”, aguardando apenas sua ordem para serem eliminados. Ele também reforçou o apelo para que civis deixem Gaza City, atualmente sob ataque intensificado de Israel, alertando para “grande morte futura” na região.
O plano de Trump inclui ainda incentivos econômicos e reconstrução de Gaza, com a criação de uma zona econômica especial e investimentos internacionais. A proposta promete transformar Gaza em uma região desmilitarizada, segura e próspera, com eventual caminho para o reconhecimento do Estado Palestino.
O impasse segue, com o mundo observando se o Hamas aceitará o acordo ou enfrentará uma nova escalada do conflito. O valor estimado da reconstrução e implementação do plano pode ultrapassar R$ 50 bilhões, considerando os custos de infraestrutura, força internacional e programas sociais previstos.
