
Nesta sexta-feira (26/9), a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) realiza o julgamento do caso Mães de Cabo Frio vs. Brasil, que trata da morte de 96 bebês ocorrida entre 1996 e 1997 em Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro. O processo analisa a responsabilidade do Estado brasileiro diante das condições da clínica Clipel, especializada em pediatria e ainda em funcionamento na cidade.
A acusação, representando as famílias das vítimas, aponta que a unidade de saúde foi negligente e cometeu diversas falhas. Entre os problemas relatados estão o uso impróprio de jalecos, ausência de higiene adequada, excesso de pacientes e relatos de maus-tratos. O julgamento, que acontece em Assunção, no Paraguai, inclui o depoimento de oito mães nesta sexta-feira.
Em resposta, a clínica Clipel divulgou uma nota oficial afirmando que os acontecimentos mencionados ocorreram há quase três décadas, em uma antiga instalação que já não existe mais, sob outra administração e com estrutura e proposta de atendimento diferentes. A clínica reforçou seu compromisso atual com um serviço pediátrico pautado pela ética, segurança e humanização.
A Clipel também informou que todos os profissionais citados nas denúncias foram inocentados pela Justiça brasileira em todas as instâncias e que não há processos judiciais em curso relacionados ao caso.
A reportagem tentou contato com a Associação de Mães de Cabo Frio, mas não obteve retorno até o momento.


