Errol Musk, pai do bilionário Elon Musk, está no centro de graves acusações de abuso sexual envolvendo cinco de seus filhos e enteados, segundo uma investigação publicada pelo jornal The New York Times. As denúncias remontam a 1993 e incluem episódios ocorridos na África do Sul e na Califórnia, com base em registros policiais e entrevistas com familiares.
Entre os casos relatados, uma enteada de quatro anos afirmou ter sido tocada de forma inapropriada por Errol em 1993. Anos depois, ela o teria flagrado cheirando suas roupas íntimas. Outro episódio, em 2023, envolve o filho de cinco anos de Errol, que teria sido apalpado pelo pai. Apesar da gravidade das alegações, Errol, de 79 anos, nega todas as acusações e afirma que são tentativas de familiares de obter dinheiro de Elon Musk, hoje CEO da Tesla e da SpaceX.
Errol não foi formalmente acusado nem condenado por nenhum dos crimes. Ele classificou as denúncias como “falsas e absurdas ao extremo”. Em 2010, um parente chegou a escrever uma carta de cinco páginas a Elon, pedindo sua intervenção diante do sofrimento das crianças envolvidas. Não se sabe se o empresário chegou a ler ou responder ao apelo.
A relação entre Elon e seu pai sempre foi conturbada. Em uma entrevista à Rolling Stone em 2017, o empresário chorou ao descrever Errol como “um ser humano terrível”. Já em sua biografia autorizada de 2023, escrita por Walter Isaacson, Elon afirmou que não mantém contato com o pai.
A situação se agravou ainda mais em 2018, quando Errol teve um filho com sua enteada, 42 anos mais jovem e criada por ele desde os quatro anos de idade. O episódio teria causado um rompimento com parte da família, segundo o próprio Errol relatou à imprensa.
Apesar de afirmar por e-mail ao New York Times que mantém uma relação próxima com Elon, o empresário não respondeu aos pedidos de comentário da reportagem.


