
Mais de 130 anos após sua inauguração, a Torre Eiffel será palco de uma homenagem inédita: autoridades de Paris anunciaram planos para adicionar os nomes de 72 mulheres cientistas ao monumento. A iniciativa busca corrigir uma lacuna histórica, já que, originalmente, apenas nomes de homens — todos cientistas e engenheiros — foram gravados na estrutura da torre, projetada por Gustave Eiffel para a Exposição Universal de 1889.
A proposta faz parte de um esforço contínuo para reconhecer a contribuição feminina na ciência, muitas vezes negligenciada ao longo da história. Entre os nomes previstos estão figuras pioneiras em áreas como física, química, astronomia e biologia, que tiveram papel fundamental no avanço do conhecimento, mas cujas realizações foram frequentemente ignoradas ou atribuídas a colegas homens.
A inclusão dos nomes femininos será feita de forma simbólica e respeitará a estética do monumento, segundo informaram representantes da prefeitura de Paris e do Comitê da Torre Eiffel. A ideia é que a ação inspire futuras gerações de mulheres a seguir carreira científica e contribua para a valorização da diversidade no campo acadêmico.
A medida também surge em meio a um debate mais amplo sobre representatividade e memória histórica em monumentos públicos. Ao destacar a presença feminina na ciência, Paris se junta a outras cidades que vêm revisando seus símbolos e homenagens para refletir uma sociedade mais inclusiva.
A Torre Eiffel, um dos pontos turísticos mais emblemáticos do mundo, recebe milhões de visitantes todos os anos. Com essa homenagem, o monumento se tornará não apenas um símbolo da engenharia francesa, mas também um marco na luta pela igualdade de gênero na ciência.


