
Travis Clark, ex-sacerdote católico que se afastou da Igreja após ser surpreendido em 2020 mantendo relações com duas mulheres no altar de uma igreja em Nova Orleans, nos Estados Unidos, teve uma reviravolta judicial recente. Após cinco anos do ocorrido, ele obteve autorização para reaver seus dispositivos eletrônicos apreendidos pela polícia durante a investigação do caso.
De acordo com informações do jornal The Guardian, os aparelhos — que incluem celulares, tablets, computadores, consoles de videogame, pen drives e cartões de memória — serão devolvidos ao ex-padre, mas com todos os dados previamente apagados.
Clark havia se declarado culpado da acusação de obscenidade ao gravar o encontro com as duas mulheres, identificadas como dominadoras. Em 2022, ele foi condenado a três anos de liberdade condicional e ao pagamento de uma multa de US$ 1 mil por obscenidade e profanação. Após a sentença, optou por sair voluntariamente do clero.
O episódio veio à tona quando um fiel, ao passar de carro pela igreja, notou luzes estranhas no interior do templo e decidiu investigar. Ao entrar, flagrou o padre com as duas mulheres no altar. A cena foi registrada em vídeo e entregue às autoridades. A polícia chegou ao local pouco depois, detendo os três envolvidos e confiscando todos os equipamentos eletrônicos de Clark.
Durante o interrogatório, o ex-padre afirmou que enfrentava dificuldades com a vida celibatária e que lidava com sentimentos de solidão e isolamento, agravados pela pandemia de Covid-19. As duas mulheres também se declararam culpadas, sendo condenadas por vandalismo institucional e recebendo liberdade condicional. O altar da igreja foi posteriormente substituído.


