A médica Samira Khouri, de 27 anos, que foi brutalmente agredida pelo ex-namorado, o fisiculturista Pedro Camilo Garcia, de 24, se pronunciou publicamente pela primeira vez após o ocorrido. Em vídeo publicado em suas redes sociais nesta quarta-feira (27/8), ela expressou gratidão pelo apoio recebido e afirmou estar aliviada por ter sobrevivido.
A declaração foi feita mais de um mês após o ataque. Durante esse período, Samira passou 12 dias em estado grave na UTI de um hospital em Santos, litoral sul de São Paulo. No vídeo, ela agradeceu especialmente aos vizinhos do apartamento onde foi agredida, destacando que a intervenção deles, ao chamarem a polícia, foi essencial para que ela permanecesse viva. Ela também reconheceu o apoio de familiares, amigos, equipe médica e todas as mensagens de carinho que tem recebido.
A agressão ocorreu em 14 de julho, data do aniversário de Samira. O casal estava hospedado em um imóvel alugado em São Paulo desde o dia 12, para celebrar a data. No entanto, Pedro a agrediu violentamente por ciúmes de um amigo gay da médica. O ataque foi tão severo que o agressor fraturou a própria mão. Ele fugiu do local com o carro de Samira, mas foi preso em flagrante em Santos.
Imagens de câmeras de segurança registraram Pedro entrando e saindo do apartamento, localizado na Avenida Pavão, em Moema, zona sul da capital. Vizinhos ouviram os gritos da vítima e acionaram a polícia, que a encontrou em estado grave. Samira foi inicialmente levada a um hospital em São Paulo e depois transferida para Santos, onde reside sua família.
A defesa de Pedro alegou que ele sofre de transtornos psiquiátricos e apresentou laudos que indicam histórico de anorexia nervosa atípica, abuso de substâncias e impulsividade. Também há registros de investigação para transtorno bipolar e transtornos de personalidade. O relatório médico aponta oscilações de humor com agressividade, além de uso indevido de anabolizantes e medicamentos sem acompanhamento médico.
O juiz Vinicius de Toledo Piza Peluso converteu a prisão em flagrante de Pedro para preventiva, destacando a extrema violência e brutalidade do crime, além da condição em que a vítima foi encontrada: inconsciente, com o rosto desfigurado e coberto de sangue.
