Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar prisão domiciliar para Jair Bolsonaro, o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, iniciou discussões sobre medidas de retaliação. Entre as ações em análise está a aplicação de sanções à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do magistrado.
Segundo fontes da Casa Branca, a sanção mais concreta em avaliação é a inclusão de Viviane Barci na lista da Lei Magnitsky, legislação americana que permite punições a indivíduos envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos. A medida impediria que o escritório da advogada seja contratado por cidadãos ou empresas com vínculos comerciais com os EUA, afetando diretamente suas atividades profissionais.
Além disso, Washington considera ampliar tarifas sobre produtos brasileiros e suspender vistos de juízes auxiliares do STF, membros da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e políticos próximos à Corte. No entanto, essas medidas encontram resistência interna. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo, que participam das articulações, têm atuado para evitar uma escalada nas sanções, especialmente no que se refere à imposição de novas tarifas ao Brasil.
A estratégia defendida por Eduardo e Figueiredo é condicionar possíveis sanções adicionais a ministros do STF a uma eventual condenação de Jair Bolsonaro na ação penal por tentativa de golpe de Estado. A ideia seria manter essas medidas como uma “carta na manga” para futuras negociações com o Supremo.
Apesar disso, fontes ligadas à Casa Branca alertam que Trump pode agir de forma unilateral e inesperada, adotando medidas mais duras sem aviso prévio. Até o momento, a sanção à esposa de Moraes representa a iniciativa mais concreta e imediata em resposta à prisão de Bolsonaro.


