Delta Davis tinha apenas 3 anos quando, um dia após o Natal de 2023, foi diagnosticada com leucemia. A notícia veio após semanas de idas ao pediatra e sintomas persistentes de um resfriado. Foi quando exames laboratoriais revelaram a gravidade do caso e a urgência de transferência para um centro especializado. Em menos de 72 horas, a menina passou por uma cirurgia para colocação de um cateter e iniciou as primeiras sessões de quimioterapia.
O diagnóstico mudou completamente a rotina da família. Os pais, Chelsie e Hayden Davis, que haviam se mudado recentemente para uma nova comunidade, se dividiram: enquanto ela permanecia com Delta no hospital, ele cuidava da filha mais velha, Dani, de 7 anos, em casa.
“Não houve um momento em que eu e Hayden dissemos: ‘não vamos conseguir’. Não era uma opção. Se queríamos que ela sobrevivesse e nossa família continuasse unida, era isso que precisávamos fazer”, contou Chelsie, em entrevista à revista People.
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Cerca de um mês após o início do tratamento, Delta enfrentou uma das fases mais delicadas: um abscesso cerebral causado por uma infecção decorrente da quimioterapia. A condição a fez perder os movimentos do lado esquerdo do corpo, exigindo nova cirurgia.
Durante o período de internação, um boneco personalizado com a voz do pai ajudou a menina a ter mais forças e a suportar a distância. O presente foi enviado pela organização Budsies, que também enviou uma versão da boneca para Hayden. “Ela queria o pai, mas ele não podia estar ali. Então ela carregava o boneco para todos os lados. Dizia: ‘Olha, posso levar meu papai comigo hoje’. Ela ainda dorme com o boneco todas as noites”, contou Chelsie.
Na primeira visita de Hayden após a cirurgia, Delta surpreendeu os pais ao caminhar sem apoio até ele: “Ela ainda usava cadeira de rodas, mas estava fazendo muita fisioterapia. Quando o viu, quis ir até o fim da calçada. E nunca mais parou de andar. Hoje, ela corre pelo quintal como se nada tivesse acontecido”.
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Declarada em remissão em março de 2024, Delta segue em tratamento de manutenção, com previsão de término em meados deste ano. A rotina inclui sessões semanais de quimioterapia oral e intravenosa, além de visitas médicas frequentes. Apesar disso, a família já comemora a retomada da vida cotidiana: Delta voltou a ser alfabetizada em casa, vai à igreja e fez recentemente sua primeira viagem à praia.
Com quase 5 anos, Delta adora pescar, andar de quadriciclo cor-de-rosa e cuidar da horta. A recuperação dos cabelos, que caíram durante o tratamento, também é motivo de celebração diária. “Toda vez que entra no banho, a gente ora: ‘Senhor, faz o cabelo crescer forte e que ele fique!’ E ela adora repetir: ‘Que ele fique!’”, revelou a mãe.
A família acredita que o caminho trilhado pode inspirar outras pessoas: “Nos agarramos um ao outro, à nossa fé e à nossa rede de apoio. Ela é um milagre e sabemos que ainda vai contar essa história um dia, quando estiver pronta. Ainda não acabou, mas seguimos em frente, um passo de cada vez. E esperamos poder apoiar quem ainda vai passar por isso”.
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