Uiara Regina Cardoso Teixeira, ex-administradora das contas pessoais e empresariais do cantor Alexandre Pires e de sua esposa, Sara Campos Pires, foi condenada a mais de 16 anos de prisão por furto qualificado e lavagem de dinheiro. Segundo informações divulgadas pelo G1, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apontou que os desvios somaram R$ 1,5 milhão e ocorreram entre 2014 e 2018. O marido de Uiara, Elcione Cassiano, também foi condenado a seis anos por envolvimento no esquema. A defesa do casal recorreu da decisão.
De acordo com o processo, Sara conheceu Uiara em 2007, quando trabalharam juntas em uma concessionária de motocicletas de Uberlândia (MG). A amizade se estreitou, e após o casamento com Alexandre Pires, e a esposa do cantor passou a contar com ela para auxiliar na administração das atividades do artista.
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A partir de 2011, Uiara passou a gerenciar contas pessoais e jurídicas do casal, com acesso a cheques em branco, procurações para pagamentos e contratações, além da supervisão de reformas de imóveis. Segundo a advogada Junia Gontijo Cunha, Uiara exercia uma função de extrema confiança: “Ela era amiga pessoal da Sara e ela depositou total confiança nela. Com o tempo, passaram a perceber o comportamento suspeito e os saques. Aí descobriu-se a fraude, por meio de uma perícia contábil”.
A denúncia foi apresentada pelo MPMG em 2020. A promotoria apontou que Uiara mantinha um padrão de vida incompatível com o salário de cerca de R$ 4 mil mensais, incluindo a compra de imóveis, carros de luxo, roupas de grife e viagens. A quebra de sigilo bancário e a auditoria contábil indicaram movimentações muito acima dos ganhos declarados.
Testemunhas afirmaram que Uiara concentrava todas as decisões operacionais e financeiras e que, a partir de 2014, os saques passaram a ser semanais, com valores que excediam os pagamentos autorizados. Elcione, marido de Uiara, foi apontado como responsável por ajudar a lavar o dinheiro retirado das contas do cantor.
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Segundo Alexandre e Sara, Uiara teria utilizado procurações já revogadas para continuar atuando em nome deles. Após a demissão, ela ainda foi acusada de usar indevidamente benefícios de telefonia empresarial. Outras três pessoas investigadas no processo foram absolvidas.
Na sentença, o juiz André Ricardo Botasso, da 3ª Vara Criminal de Uberlândia, afirmou que ficou comprovada a subtração dos recursos e determinou, além da pena de prisão, o pagamento de R$ 1,5 milhão em indenização, bloqueio de bens e multa.
A defesa de Uiara e Elcione declarou, em nota, que a decisão será contestada no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. “Uiara possui o interesse de manter preservadas as informações íntimas das partes envolvidas, mas antecipa, desde já, que trará aos autos todas as informações que comprovam a sua inocência no caso”, disse.
Ainda segundo a nota, a ex-funcionária afirma que os valores questionados foram utilizados para pagamentos indicados pelos patrões, e que os documentos que comprovariam isso teriam sido retirados de sua posse. “Ressalta também que seu padrão de vida sempre foi compatível com os ganhos familiares e que antes de ocupar vaga de trabalho junto às partes, já possuía patrimônio adquirido conjuntamente ao marido que é empresário”, completou o comunicado da defesa.
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