O clima de tensão no Oriente Médio atingiu um novo patamar nesta terça-feira (17/6), após revelações de que o Irã está pronto para lançar ataques contra bases militares dos Estados Unidos na região, caso Washington decida apoiar diretamente Israel em sua ofensiva militar. A informação, divulgada pelo jornal The New York Times com base em fontes da inteligência e diplomacia, aponta que Teerã já mobilizou mísseis e armamentos estratégicos, com alvos definidos em instalações americanas no Iraque e em outros países árabes.
Mais de 40 mil soldados norte-americanos estão atualmente posicionados no Oriente Médio, e o alerta máximo foi acionado pelas forças armadas dos EUA. Segundo autoridades americanas, o Irã precisaria de pouca preparação para iniciar os bombardeios, o que aumenta o risco de uma escalada rápida e devastadora.
O temor maior gira em torno de uma possível retaliação iraniana a um ataque americano à instalação nuclear de Fordo, considerada vital para o programa atômico do país. Caso isso ocorra, a resposta de Teerã pode incluir ações coordenadas com grupos aliados, como os Houthis no Iêmen, que já ameaçam retomar ataques a navios no Mar Vermelho. Outro cenário preocupante seria o bloqueio do Estreito de Ormuz, ponto estratégico para o comércio global e deslocamento de forças navais americanas.
A pressão de Israel para que os EUA se envolvam diretamente no conflito tem aumentado, e o ex-presidente Donald Trump afirmou estar considerando uma ofensiva contra o Irã. Em declarações recentes, Trump chegou a dizer que sabe a localização do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, mas que “por enquanto” não ordenará sua morte, alegando preocupação com civis.
Enquanto isso, a diplomacia internacional observa com apreensão os desdobramentos, temendo que qualquer movimento em falso possa desencadear uma guerra regional de proporções catastróficas. O mundo aguarda a próxima jogada no tabuleiro geopolítico mais volátil do planeta.


